A montanha pariu um rato…
No dia a seguir ao Portimonense ter conseguido a manutenção na 1ª Liga, a imprensa avançou que as SAD’s do Portimonense e FC. Porto estariam a ser alvo de uma operação de buscas e apreensão de documentos dirigida pela Polícia Judiciária (PJ) e pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
De acordo com a revista Sábado, a operação visava a corrupção desportiva, fraude fiscal e branqueamento de capitais, tendo o processo origem nos documentos que foram tornados públicos pelo “Football Leaks”. Dois dos principais alvos individuais seriam, segundo a mesma fonte, o empresário que controla desde 2013 a maioria do capital da Portimonense SAD, Theodoro Fonseca, e o presidente da Porto SAD, Pinto da Costa. Em causa estariam suspeitas em negócios entre os dois clubes, como as transferências de jogadores, empréstimos financeiros cruzados e repartições de comissões.
Foi noticiado que existiram suspeitas relacionadas com as transferências de jogadores como Danilo Pereira, Paulinho, Galeno, Fede Varela, Rafa Soares e Everton. Também o negócio da venda do brasileiro Hulk aos russos do Zenit, por 40 milhões de euros, causa suspeitas – um jogador que teve como agente o próprio Theodoro Panagopoulos (Teo Fonseca).
A Sábado e a TVI noticiaram ao início da manhã da passada 5ª feira, dia 20 de Maio, que este inquérito teria dado lugar a buscas na área metropolitana do Porto e no Algarve, nomeadamente nas instalações das SAD do Futebol Clube do Porto e do Portimonense, além de junto de altos responsáveis destas duas sociedades anónimas desportivas, incluindo Pinto da Costa, e de outras empresas sediadas em Portugal e no estrangeiro. Entretanto, os mandados para investigar os negócios foram emitidos, mas não foram executados, o que levou as buscas a serem suspensas, segundo o JN.
Mais tarde, nesse mesmo dia, as buscas noticiadas foram desmentidas na imprensa e foi avançado que as buscas em curso pela Polícia Judiciária (domiciliárias e a laboratórios de análises clínicas no Algarve e no Porto) estavam relacionadas com uma investigação iniciada com uma viagem para o estrangeiro de um futebolista profissional alegadamente infectado com Covid-19. Em causa estaria uma viagem para o estrangeiro de um jogador de futebol profissional – Jornal de Notícias aponta como sendo japonês Shoya Nakajima – infectado com o novo coronavírus, algo que pode resultar no crime de propagação de doença, alteração de análise ou de receituário e que é punível com pena de prisão de um a oito anos.
Ficou a ideia que estas notícias foram plantadas por algum clube que porventura investiu uns milhões largos e nada ganhou, sendo que o Portimonense acabou associado ao clube que queriam realmente atingir, o FC. Porto.
É caso para dizer que a montanha pariu um rato…