O que existe em comum entre Paulo Sérgio e António Folha?
Nos últimos dias, após a eliminação da Taça de Portugal aos pés de um adversário do terceiro escalão (o Portimonense, quando faltam apenas 3 equipas jogarem, foi a única equipa da 1a Liga afastada!), tem sido noticiado nos jornais desportivos a crescente onda de contestação aos jogadores, treinador e SAD.
Mais do que esta derrota e a última posição na Liga NOS com apenas 4 pontos, curiosamente a mesma pontuação que tem a equipa de sub-23, o que é muito preocupante é a falta de atitude e qualidade da equipa, demonstrando uma incapacidade de reacção gritante.
Paulo Sérgio parece uma reedição de um passado recente. Se começarmos a ouvir o seu discurso e o compararmos com o de António Folha, encontramos muitos pontos em comum.
Então vejamos algumas das “pérolas” no final dos jogos:
“Não podemos entrar sem iniciativa que foi aquilo que aconteceu aqui. Demos confiança ao adversário.”
“Nós tivemos bola, mas… muita parra e pouca uva. Não criámos situações de perigo. A maior parte foi através de bola parada, estou muito insatisfeito pelo que produzimos no último terço. Estivemos muito apáticos e muito previsíveis.”
“Na segunda parte entrámos a dormir e após um excelente cruzamento levámos com o 2-1.”
“A somar a isso cometemos um erro defensivo gravíssimo, inocente, que o (Thiago) Santana aproveitou muito bem.”
“Entrámos muito mal no jogo e o maior responsável sou eu, tirei a minha equipa das rotinas e da forma mais confortável em que se sente a jogar.”
“O que mais me preocupa são alguns erros infantis. Um dá o golo do Gil. Noutros dois ou três, o Gil não aproveitou.”
Estas passagens dos discursos de Paulo Sérgio nos pós-jogos trazem-nos à memória António Folha. Conteúdo cada vez mais vazio, sobretudo de soluções para os graves problemas que estamos a enfrentar. Mais do que a conscencializacão do que tem corrido mal, importa ter a solução para reverter esta situação.
Cada vez mais Paulo Sérgio está parecido com António Folha, sobretudo pela resignação e incapacidade para sair do último lugar.
Quanto mais tarde Theo se aperceber disto, menores serão as chances do Portimonense ficar na Liga NOS.
Engane-se quem pense que bastará trocar de treinador, nada disso! Paulo Sérgio, à semelhança de António Folha, está a pagar a factura de um plantel cada vez mais fraco, sem a qualidade mínima exigível para este nível competitivo. Paulo Sérgio está a cometer o mesmo erro de Folha, perante tanto desinvestimento no plantel já deveria ter dado “um murro na mesa” a exigir jogadores de qualidade, pois “sem ovos não se fazem omeletes.”
Resta-nos pois rezar por um novo Vitória de Setúbal, que nos permita conquistar fora de campo o que está à vista de todos, que não vamos conseguir ficar na 1a Liga.